domingo, 29 de abril de 2012

Movimento apaeano


Segue abaixo reportagem extraída do Jornal Estado de Minas.

Publicação: 29/04/2012 04:00
Hoje está mesmo cada vez mais difícil para as ONGs sobreviverem – até mesmo a Apae, que tem 56 anos de história e é respeitada. Na de BH, por exemplo, o custo médio de cada matriculado é R$ 600. Sérgio fala que trabalha gerenciando deficit. Mesmo assim, as entidades estão em um momento de mudança, embora ainda haja vestígios de uma antiga ordem misturadas às inovações promovidas pelo novo contexto de relação da sociedade com a deficiência. “O nosso modelo é voltado para um público mais comprometido. Tecnicamente tratamos de um deficiente intelectual que precisa de apoio mais extensivo e generalizado, porque os deficientes intelectuais menos comprometidos já estão na escola formal e no trabalho, totalmente incluídos”, observa.

A redefinição de público resultou numa readequação dos serviços; a da capital oferta aos seus assistidos oficinas de culinária, de sorvete e picolé e de produção de sabonetes e mantém uma lojinha permanente. A receita vem, basicamente, da venda desses produtos, da doação voluntária e algum repasse público. Daí a necessidade da promoção constante de eventos para garantir sua subsistência. A Apae de BH tem 185 funcionários, sendo que 36 são cedidos pelo estado. No último ano, a administração conseguiu reduzir em R$130 mil as despesas da entidade, resultado da revisão de todos os contratos de serviço. Mas os recursos ainda são insuficientes diante dos gastos e da despesa com novos programas que estão sendo implementados, como os de autogestão e autodefesa.

Ambos estão inseridos dentro de um novo modelo mundial de assistência que defende o direito de escolha do deficiente intelectual. Para isso, as instituições devem criar mecanismos para que ele expresse a sua vontade. Nesse sentido, o programa Educação para e pelo Lazer tornou-se projeto central da instituição mineira. Ele atende o jovem/adulto por meio da arte, do lazer e do esporte. Hoje a Apae-BH oferece diversas ações visando a autonomia de seus assistidos, além do ensino fundamental até as séries iniciais. Na nova proposta, pretende-se estender as iniciativas e levar o ensino formal até as séries finais dentro do programa de trabalho, emprego e renda. Mas de uma forma diferente da tradicional sala de aula. O aprendizado será por meio de vivências. Os conteúdos das séries finais serão introduzidos nas oficinas práticas. 


Serviço
Informações sobre doações podem ser obtidas 
pelo endereço eletrônico doacoesbh@apaebrasil.org.br 
e pelo Tele-Apae (31-2532-5700). A Apae-BH 
também tem parceria com a Cemig, com o Apae-Energia, 
em que o doador pode descontar sua 
contribuição diretamente na conta de luz .