Vale
lembrar que o Censo IBGE 2010 foi feito por amostragem e não por um número real
(Nota do Blog Deficiente Ciente).
Ao todo, 45 milhões de
brasileiros disseram ter algum tipo de deficiência, ou seja, quase 24% da
população.
O censo 2010 pesquisou o número
de brasileiros que declararam ter algum tipo de deficiência. São pessoas que
apresentam algum grau de dificuldade de enxergar, ouvir ou com uma deficiência
motora, por exemplo.
Uns nasceram com a deficiência,
outros são vítimas de doenças ou acidentes. O militar reformado Diego Loureiro
ficou paraplégico em um acidente de moto há três anos.
“Já adaptei meu carro. Tenho
uma independência maior”, conta.
Segundo o Censo 2010, 45
milhões de brasileiros disseram ter algum tipo de deficiência, ou seja, quase
24% da população. Na hora de responder ao questionário, era possível declarar
ter alguma dificuldade, grande dificuldade e impossibilidade total. As pessoas
que se enquadraram nas duas últimas categorias foram consideradas com deficiência
grave.
Ter uma deficiência física
grave é muito mais comum do que se pensa no Brasil. Quase 13 milhões de pessoas
disseram aos pesquisadores do IBGE que têm uma deficiência grave motora,
visual, auditiva ou mental. O resultado divulgado pelo censo mostra o tamanho
do desafio de dar uma vida digna a milhões de brasileiros.
Segundo a pesquisa, mais de
dois milhões de pessoas afirmaram ter deficiência auditiva grave; mais de
quatro milhões declararam ter problemas motores severos; e o maior número disse
ter uma grande dificuldade ou nenhuma capacidade de enxergar. Em muitos casos,
a pessoa tem mais de uma deficiência.
A advogada Priscila Selares tem
apenas 5% de visão em um dos olhos. Ela é a chefe do departamento jurídico de
uma organização de defesa das pessoas com deficiência. Diz que os números
mostram o tamanho da responsabilidade com esta parcela da população.
“A legislação para deficientes no
Brasil é a melhor das Américas, mas a menos cumprida”, diz.
Natália e Nicolas nasceram com
paralisia cerebral. A dona de casa Maria de Lurdes Brandão se dedica
integralmente aos filhos.
“Eu tenho que dar o banho,
vestir e arrumar a mochila para o colégio. É muita coisa”, desabafa dona Maria
de Lurdes.
Nicolas está na nona série.
Natália está terminando o Ensino Médio.
“Eu sempre ouvi dizer que lugar
de criança é na escola. São crianças, vão para a escola. E agora, ver a Natália
quase terminando o terceiro ano, o Ensino Médio, é uma emoção muito grande”,
acrescenta Maria de Lurdes, emocionada.