- Em 2010, 232 mil crianças e adolescentes até 18 anos,
portadores de deficiência, entre 475 mil atendidos pelo programa de
Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social na Escola (BPC)
frequentavam regularmente a escola. Em 2007, eram apenas 78 mil, entre
375 mil atendidos pelo BPC. A evolução é de 21% para 49%, em três anos.
- O sucesso do BPC será relatado na
4ª Conferência das Nações Unidas sobre Direitos Humanos das Pessoas com
Deficiência, em Nova York(EUA), neste dia 8 de setembro. Este modelo, no
entanto, ainda tem o desafio de se expandir, dos atuais 2.622
municípios brasileiros, para os 5.565, até 2014.
- O Programa BPC na Escola
(www.mds.gov.br) foi instituído em 2007 e tem por objetivo promover a
elevação da qualidade de vida e dignidade das pessoas com deficiência,
beneficiárias do BPC, preferencialmente de 0 a 18 anos de idade,
garantindo-lhes acesso e permanência na escola, por meio de ações
articuladas da área de saúde, educação, assistência social e direitos
humanos.
- O programa, coordenado pelo
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, com a
participação dos ministérios da Educação, da Saúde e da Secretaria de
Direitos Humanos da Presidência da República, ressalta a importância da
formação de parcerias para garantir, desde o transporte adequado até à
matrícula para os seus beneficiários. Provê um salário mínimo mensal à
pessoa com deficiência incapacitante para a vida independente e para o
trabalho, que comprove não possuir meios para a própria manutenção, nem
de tê-la atendida por sua família.
- Os desafios da escolaridade não
param por aí. Recentemente, o Movimento Todos Pela Educação, liderado
pelo Instituto Paulo Montenegro/Ibope, Fundação Cesgranrio e Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), divulgou resultados
pouco animadores de um exame realizado entre seis mil estudantes de
escolas públicas estaduais e municipais e de escolas privadas,
distribuídas por todas as capitais brasileiras.
- Mais de 40% dos alunos que
concluíram o 3° ano do ensino fundamental não têm a capacidade de
leitura esperada. Assim, não dominam atividades como localizar
informações em um texto ou o tema de uma narrativa. A avaliação utilizou
a mesma escala de desempenho utilizada pelo Sistema de Avaliação da
Educação Básica (Saeb), aplicada pelo Ministério da Educação (MEC) aos
alunos do 5° e 9° ano do ensino fundamental.
- Por esse modelo, o aprendizado é
considerado adequado quando atinge 175 pontos. O desempenho médio em
leitura dos alunos participantes do exame foi 185,5 pontos. Há, no
entanto, grandes variações entre as notas dos estudantes das regiões
Norte e Nordeste, em relação às demais regiões do país. Norte e Nordeste
ficaram abaixo da média nacional, com 172 e 167 pontos,
respectivamente. Entre os estudantes de escolas públicas e privadas,
também há discrepâncias significativas. A média dos estudantes da rede
pública foi 175,8 pontos, enquanto os da rede privada atingiram 216,7
pontos.
- Através de uma redação, os
estudantes também foram avaliados em competências como coesão, coerência
e adequação do texto a um tema proposto, além do emprego da correta
ortografia e pontuação. Em uma escala de 0 a 100, a média nacional
alcançou 68,1 pontos. De novo, há diferenças entre os estudantes da rede
pública (em média, 62 pontos) e da rede privada (em média, 86 pontos).
- Em relação à Matemática, o
desempenho dos estudantes alcançou a média nacional de 171,1 pontos,
abaixo da pontuação considerada adequada para a resolução de problemas
envolvendo a moeda, além das operações de adição e subtração. Apenas 42%
dos avaliados atingiram esse patamar, de 175 pontos.
- Outra vez, os resultados
verificados foram assimétricos. Na rede privada, os estudantes atingiram
a média de 211,2 pontos, contra 158 verificados na rede pública. Na
ótica regional, Norte e Nordeste chegaram a resultados inferiores à
média nacional, 152,6 pontos e 158, 2, respectivamente. A maior
pontuação foi verificada na região Sul, com 185 pontos, seguida do
Sudeste, com 179 pontos e Centro-Oeste, com 176 pontos.
Fonte: http://www.monitormercantil.com.br/mostranoticia.php?id=100553